EVOLUÇÃO DA TOPOGRAFIA: EMBARQUE COM A GENTE NESTA HISTÓRIA!

TOPOGRAFIAMAPEAMENTO AÉREO

8/18/20194 min read

Você certamente já deve ter se perguntado como as civilizações antigas conseguiram realizar grandes obras com tão poucas tecnologias. As Pirâmides de Gizé são um bom exemplo, até hoje não se sabe com exatidão como elas foram construídas. Para entender um pouco mais sobre como os nossos antepassados construíam é preciso embarcar em uma viagem no tempo e conhecer como eles faziam para mensurar e conhecer sua área de trabalho.

O primeiro registro de ferramenta de medição foi em 3.000 a.C., os babilônios e egípcios usavam cordas para mensurar as distâncias.

Em 560 a.C. desenvolve-se o “Gnomom” uma estrutura qual permitiu realizar medições através da incidência do sol, com o auxílio desta estrutura definiu-se a direção do Norte e calculou-se o raio da Terra.

Já a Dioptra, um instrumento muito utilizado na topografia, era formado por um tubo de observação preso a um suporte no qual eram fixado transferidores possibilitando assim medir ângulos horizontais e verticais. Na Figura 2 é possível ver uma dioptra, este equipamento remete muito aos princípios do teodolito.

O Chorobates era um equipamento que antecedeu o que conhecemos hoje como nível. Este equipamento consistia de uma viga de madeira de 6m de comprimento o qual era sustentada por pilares sendo estes travados por duas hastes diagonais com entelhes esculpidos. Tal equipamento possuía duas linhas de prumos em cada uma das extremidades, assim, os entalhes correspondentes às linhas de prumo combinavam em ambos os lados, mostrava que o feixe estava nivelado. Uma ranhura na parte superior da viga onde se colocava água para usa-la como nível. A Figura 3 ilustra um Chorobates.

O antecessor do Tedolito, o Astrolábio, era um equipamento muito usado no meio naval para determinar o posicionamento das embarcações através da medida da distância das estrelas em relação ao horizonte. A Figura 5 retrata o astrolábio.

A bússola teve seu invento no século I na China, sendo aperfeiçoada no século III pelo italiano Flavio Gioia, o qual adicionou a rosa dos ventos. Com os avanços surgiu o Grafômetro, um instrumento munido alidades e pínulas como órgão de visada, assim como uma bússola. Tal instrumento era utilizado para medição de ângulos horizontais. Na Figura 5 é retratado esse tipo de instrumento.

Algum tempo depois, surge o primeiro equipamento “óptico-mecânico” o qual consistia de uma adaptação do Grafômetro, no qual foi introduzido uma luneta, assim, agora era possível além de medir ângulos horizontais, medir ângulos verticais, isso porque tornou-se viável inclinar o semicírculo graduado até a posição de um plano vertical. A Figura 6 retrata este instrumento.

Seguindo a linha evolutiva dos equipamentos topográficos em 1720 surge o primeiro teodolito, provido de quatro parafusos niveladores, desenvolvido por Jonathan Sisson, tal instrumento permitia medir ângulos em qualquer direção. Em 1838, o engenheiro inglês William Rankine desenvolveu a integração de todos os dispositivos do teodolito, melhorando significativamente no trabalho nas edificações. Com o desenvolvimento de novas tecnologias os teodolitos começaram a ficar cada vez mais sofisticados deixando de serem equipamentos mais mecânicos para se tornarem mais eletrônicos. A Figura 7 ilustra a evolução do teodolito de um equipamento de trânsito até um equipamento eletrônico.

Em 1943 surge o primeiro medidor de distância eletrônico, os MED, ou simplesmente chamados de distanciômetro eletrônico. Assim, não havia mais necessidade de utilizar trenas para as medições entre pontos topográficos ou mesmo utilizar a taqueometria para inferir medidas indiretamente. A Figura 8 retrata um distanciômetro.

A partir deste momento existem equipamentos eletrônicos que medem ângulos e distancias, nem preciso te dizer que não demorou muito tempo para estes equipamentos serem acoplados em um único instrumento. Surgindo assim a Estação Total, um equipamento capaz de medir ângulos e distâncias. A Figura 9 retrata este equipamento.

Hoje a tecnologia já permite a transmissão de dados por satélite e assim surgem os GPS (Sistema de Posicionamento Global), o RTK é um instrumento topográfico que utiliza deste sistema para inferir as coordenadas de um terreno com elevada acurácia.

MAS A EVOLUÇÃO NÃO PARA POR AÍ…

Topos os equipamentos mencionados até este momento extraem dados pontuais do terreno o que além de representar parcialmente a área de estudo, demanda tempo e grande atenção dos seus operadores. Nos últimos tempos, surgiu uma tecnologia que veio inovar a forma de fazer topografia, que é o mapeamento aéreo com drones. Isso mesmo! É possível extrair medidas do seu terreno com um drone, e digo mais, é possível construir um modelo 3D da área levantada. Nós da M3 já estamos usando este tipo de tecnologia para realizar nossos levantamentos.

Nós da M3 já estamos usando este tipo de tecnologia para realizar nossos levantamentos!!